terça-feira, 19 de maio de 2009

CEO do Google pede: "desliguem seus computadores"

Recomendação dada por Eric Schmidt durante cerimônia de graduação na Universidade da Pensilvânia (EUA) pretende levar jovens à descoberta de tudo que é humano e importante


19/05/2009 - 21:12

O que não se imaginaria de um executivo de uma das empresas mais valiosas do mundo digital aconteceu nesta segunda-feira, 18. Eric Schmidt, CEO do Google, recomendou a recém-formados da Universidade da Pensilvânia (EUA) que desligassem seus computadores e celulares. O pedido foi feito com o acréscimo de um "infelizmente" à frase. Por trás dessa orientação aparentemente contraditória estava o desejo de Schmidt de que os jovens descubram o que é realmente importante, o que é humano. Para isso, só saindo do mundo virtual para entrar na vida real. "Nada supera a sensação de segurar a mão de seu neto enquanto ele dá seus primeiros passos", declarou.

Schmidt fez um discurso marcado pelo humor e recheado de referências tecnológicas. As palavras do executivo do Google, que recebeu um grau honorário de doutor em ciência pela instituição, podem ser conferidas num vídeo de pouco mais de 12 minutos no YouTube. Ele compara, por exemplo, sua geração com a "geração do Google e do Facebook", comentando que a dele tinha cabines telefônicas e a atual conta com celulares. "Nós tiramos fotos, navegamos com mapas, ouvimos rádio. Vocês têm celulares", brincou. "Nós escondíamos nossos momentos embaraçosos. Vocês colocam no YouTube", emendou, provocando mais gargalhadas.

O executivo lembrou ainda que a geração dele lia notícias dos jornais. A geração Google lê notícias por meios dos blogs, do Twitter e de outros recursos da internet. E assim salientou a importância do acesso à informação. "A web é um grande equalizador da sociedade", afirmou.

Schmidt disse também que este é um bom momento para um estudante se formar. Isso porque em tempos difíceis e desafiadores podem surgir boas oportunidades. E encorajou os jovens a experimentar, a se arriscar. "Você não pode planejar inovação ou inspiração, mas pode estar preparado para ela."

Já na parte final de seu discurso, ele pergunta qual, afinal, é o sentido da vida. Schmidt observou que, num mundo em que tudo será lembrado, ou que tudo é capturado para ser eternizado, é preciso viver para o futuro e para as coisas que realmente importam. Foi quando ele recomendou que os estudantes desliguem seus computadores e celulares. "Vocês vão descobrir que as pessoas se importam com as mesmas coisas. Vão descobrir que curiosidade, entusiasmo e compaixão são contagiosos."

Confira o vídeo no YouTube:


copyright meio & mensagem 2007

domingo, 17 de maio de 2009

Manifestação dos sem-namorado


Manifestação dos sem-namorado reúne 3 mil na Zona Sul de SP
Número foi informado pela Polícia Militar, que monitorou o evento.
Solteiros fizeram caminhada pelo Parque do Ibirapuera neste domingo (17).
Patrícia Araújo
Do G1, em São Paulo


“Ado, 'aado'. Eu quero um namorado.” “Inho, 'iinho'. Cansei de ser sozinho.” Esses eram alguns dos “gritos de guerra” que ecoavam na tarde deste domingo (17) no Parque do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo. Cerca de três mil solteirões assumidos, de acordo com a Polícia Militar, reuniram-se para uma passeata de protesto pelo “encalhe”. Uma forma de brincar com o estado civil deles e tentar mudá-lo até o próximo Dia dos Namorados, 12 de junho.


Há um ano e meio sozinha, a recepcionista de pet shop Odete Bispo, de 25 anos, era uma das mais animadas na campanha para acabar com a solteirice. “Cansei de ver cachorro. Agora, quero arrumar um gato”, afirmava, fazendo uma brincadeira com seu trabalho.


O evento foi organizado por um site de relacionamento com sede em 18 países. “Pensamos no que íamos fazer para o Dia dos Namorados. Aí, resolvemos fazer uma brincadeira com esses movimentos de 'sem alguma coisa' e fizemos a passeata dos sem-namorado. Sem ocupação, sem tumulto. Só pedindo paz e amor”, disse Cláudio Gandelman, presidente do site na América Latina. Na sexta-feira (15), a mesma passeata foi realizada o Rio de Janeiro reunindo cerca de 200 pessoas. Como na capital carioca, em São Paulo a passeata foi animada pelo Cordão da Bola Preta.

Dançando marchinhas de carnaval, o eletricista Genivaldo Ferreira da Silva, de 33 anos, empunhava uma panela no meio da multidão. “Trouxe a minha panela para ver se consigo a tampa”, brincava, acrescentando que já tinha até comprado o presente para o Dia dos Namorados. “Quem ficar comigo não vai se arrepender”, disse.


Mas para quem assistia a passeata e pensava que os manifestantes não tinham critério para a escolha do parceiro, o empresário Francisco Edvan Amorim, de 43 anos, fazia questão de pregar o contrário. Levando preso no pescoço um enorme pedaço de papelão com dados como seu e-mail, ele dizia estar divorciado desde 2003, mas separado desde 1997. “De lá para cá, não arrumei ninguém.” Apesar do tempo de solidão, ele afirmava que, para ser sua parceira, a mulher tinha que cumprir certos requisitos. “Que não seja Amélia, mas que seja mulher de verdade. Não precisa ser feia, mas que tenha uma beleza interior enorme. Não precisa ter um corpo perfeito, mas tem que ter uma cabeça maravilhosa. Tem que ser uma mulher que goste da vida a dois.”

E de tanto gritar, tiveram algumas pessoas que conseguiram realizar o desejo mesmo antes de terminar a passeata. Aos beijos, o estudante Leonardo Andrade, de 24 anos, e a atendente de telemarketing Ana Paula Cunha, 23 anos, contavam que tinham conseguido “desencalhar”. “A gente mora no mesmo município [Embu]. Ela é amiga de uma amiga minha”, disse Andrade, sozinho há sete meses. “Agora, vamos ver se vai dar certo”, completava Ana Paula, que não namorava ninguém há três anos.

domingo, 10 de maio de 2009

fome!



Os EUA têm cerca de 14 milhões de desempregados atualmente


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Che - O Argentino


CHE - O ARGENTINO (The Argentine, EUA, França e Espanha, 2008)

Dirigido por Steven Soderbergh. Com: Benicio Del Toro, Rodrigo Santoro, Julia Ormond, Jorge Perugorría, Demián Bichir, Santiago Cabrera, Catalina Sandino Moreno.


Neste final de semana fui assistir ao filme. Sexta-feira, feriado, última seção, cinema não cheio.
O momento ideal de um dia tranquilo para ver um filme tão esperado.

Che é sem dúvida, uma das figuras mais emblemáticas do século XX, e o longa vai muito além da figura estampada nas camisas da vide bula ou do inoscente, porém excelente "Diários de Motocicleta".
É um retro fiel, endurece sem perder a ternura.

O filme começa com o encontro de Che (Del Toro) com Fidel (Bichir) e Raúl Castro (Santoro) no México, onde o convidam para participar da luta armada em Cuba, tendo como objetivo derrubar o ditador Fulgêncio Batista e instaurar um regime socialista.
Diante disso, o filme se divide em duas narrativas: Cuba, a luta em Sierra Maestra para se chegar a Havana; e em Nova York, onde Che já representando o governo cubano, participa de uma reunião na sede das Nações Unidas.

Para uma produção estadunidense, é gratificante perceber que o filme não apresenta aspectos preconceituosos contra a figura de Che, nem mito, nem vilão.
Ou como é citado na fala de Che, no filme, "a historia me absolverá".

Definitivamente, é um filme de idéias e ideais.
Para quem gosta e conhece sobre, e também para quem não sabe nada além daquela famosa foto.

Ficou um gosto de quero mais, ou talvez, quero ver mais, já que "Che - A Guerrilha” já está filmado e conta o restante da história do Comandante.


"Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar."