sábado, 28 de março de 2009

debata-se, debata!

Quais os jornais, em Minas, que fazem oposição, ferrenha ou não, ao nosso governardor Aécio Neves? Ou ao prefeito recem-eleito? Nenhum, eu respondo. Pelo menos que eu conheça. O único que é menos seu fã é O Tempo (The Time), com filiais na cidade de Contagem e Betim. Aliás, os dois são os únicos jornais destas duas cidades também. Não, não vou falar de política, pelo menos não neste post. Quero falar de como estamos nas mãos de poucas fontes impressas (a Internet, ainda não é, de determinado ponto de vista, o melhor lugar para se informar – falarei disto em outro post). Sem imprensa, como faremos para balizarmos nossas opiniões? Sem articulistas que gerem polêmica, discussão e opinião, como teremos quem nos instigue o debate? Fica fácil, para quem governa, administrar de qualquer forma, do jeito que achar melhor. Este melhor nem sempre é da maneira como deve ser. Basta ver, por exemplo, que a prefeitura vai gastar milhões (R$14,8) para revitalizar a Savassi. O orçamento proposto para execução de melhoria em obras viárias, está orçado em R$50 milhões! Não consigo fazer a conta de quanto isto pode ser importante (construção de quatro fontes luminosas, alargamento de calçadas e interrupção definitiva do tráfego de veículos nos quarteirões fechados). Lembro que a Praça Raul Soares, foi reformada (obra do Orçamento Participativo). Ótimo. Ficou linda, mais humana. Mas a repetição deste tipo de ação, cheira à hipocrisia, parece preferência pela elite, ou perto daí, já que não há debate. Temos o Orçamento Participativo, que representa cerca de 1,3% do orçamento total da PBH, e em 15 anos desde de sua criação, entregou cerca de mil obras nas regiões, normalmente, mais pobres da cidade. Mas cadê o debate? A Câmara Municipal de Belo Horizonte mal aparece nos jornais (nem bem aparece também). Vejo nos jornais, algumas reportagens investigativas, vide o Jornal Estado de Minas com sua denúncia sobre o Tribunal de Contas do Estado (http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_3/2009/03/22/em_noticia_interna,id_sessao=3&id_noticia=103476/em_noticia_interna.shtml), reportagem sensacional. Mas sabe aquela sensação de que nada é feito sem um interesse maior? Preciso acreditar que algo está sendo feito contra a falta de informação de grande parte da população. O cantor Zé Ramalho canta uma canção que lá pelas tantas diz: ê, ê , ô, vida de gado. Povo marcado ô, povo feliz... Temos que ter jornalistas e políticos que nos digam o que fazermos, aonde irmos. Como líderes, não como vaqueiros. A Internet nos dá esta chance de sermos, ou nos sentirmos pelo menos, participantes da construção.

2 comentários:

Ricardo Esteves disse...

Que bom quando acho blog´s críticos na net, formadores d eopinião, pois é a realidade da imprensa mineira nao é diferente da goiana, o ex governador daqui governou 8 anos, afundou estado em dividas.. e as noticias, cade ?? o atual governador é o ex vice, sempre aparece com cara de bebado na imprensa, nao é novidade e ninguém fala nada.. cortou orçamento da cultura, afundou a Ueg e ninguém fala nada.. faço comunicação social, já estudamos um poco disso, os jornais nao falam pq a maioria da grana das tvs e rádios e jrnais locais vem em divulgações do governo ( vacinação, propaganda do que fez etc) é uma situação alarmante
e na maiori das vezes os governantes são donos ou participam indiretamente do controle das emissoras como é o caso do ACM na Baia,
gostei do blog
;)

Éder Milani disse...

O Netinho, sei não, cheira mal!